Judas Superstar
coordenação da oficina de construção cenográficaQueima e rebentamento do Judas
Trigo Limpo Teatro ACERT
2005 . Tondela
REF 2005_judassuperstar
sobre
Como em todos os momentos, também em 2005, vivemos momentos perturbantes para a humanidade.
A nossa história do Judas, contrariamente aos anos anteriores, decorrerá, não em avisos do que “poderá vir a acontecer” se não estivermos atentos e preparados para enfrentar, mas naquilo que realmente “já acontece” e que temos que gramar. Nesta edição, detivemo-nos em Orwell, suspeitando da bondade dos governos e desprezamos a burocracia, estando receosos da linguagem utilizada pelos poderosos destinada a impedir os cidadãos de entender realmente o que os rodeia.
Também neste deplorável Mundo Novo se confirmam os bárbaros e enganadores slogans: A Guerra é a Paz, a Liberdade é a Escravidão, a Ignorância é a Força.
É neste contexto que o Judas (nosso personagem central), em vez de ver sobre ele recaírem os pesadelos das nossas inquietações, irá tomar o lugar dos causadores dos males, assumindo os duplos que os caracterizam, camaleonando-se em disfarces.
Perante todos estes disfarces, o Povo reconhecerá ter em sua presença o Judas que lhe quer complicar ainda mais a sua vida e desmascara-o com:
Sabemos que és um Judas
Não dês mais trabalho
Mente a ti próprio
Ou vai p’ró cara…
Não dá, não dá
Judas, não dá
Assim, não dá
Não dá! Não dá! Não dá!
Haverá também o Corifeu (elemento que se destaca do Coro), que anuncia as entradas dos vários Judas e apresenta as situações por eles criadas. Aparecerá também um “Socras” (filosofo?; Político?; ou personagem de ficção de Júlio Verne) que, com as suas Socreias (sereias do socras), deseja intervir com as suas tiradas “filosóficas”. O Corifeu corta-lhe a palavra, explicando já ter acabado a campanha eleitoral e fazendo-lhe entender que, nesta altura, mais do que paleio, o Povo quer ver resultados daquilo que lhe prometeram.
Tudo isto se passará até que, a natureza impiedosa e incontrolada pelos Deuses iracundos, faz abater sobre os humanos o “Tsunami” e a “Seca” que tudo destrói. Nenhum politico, governante ou homem poderoso pode impedir a sua força devastadora.
Face a isto, importa que a “alma do Povo” alimente esperanças para que a vida continue e seja alimentada com a esperança em dias melhores. E, como o Povo é generoso, até ao Judas é feito o convite para que a todos se junte para queimar seus males, edificando uma Primavera de vida mais promissora de justiça, humanidade e de concretização do sonho solidário.
Então, importa cantar…
VEM QUEIMAR O JUDAS
E ENTERRAR AS PENAS
PARA QUE A PRIMAVERA
AS CONVERTA EM FRUTOS
… exorcizando as dificuldades que, juntos, teremos que enfrentar na aventura permanente de uma vida mais digna para toda a humanidade.
E porque somos latinos, com gostosa mistura de africanidade e de mediterraniedade, precisamos de festa para celebrar anseios e percursos colectivos.
Por isso, QUEIMAREMOS O JUDAS!
ficha artística
DRAMATURGIA E ENCENAÇÃO José Rui MartinsDIREÇÃO ARTÍSTICA José Rui Martins
MÚSICA E CONCEPÇÃO DE GUIÃO Fran Perez
COORDENAÇÃO TEATRAL Ilda (Kioto) / Sandra (Rotundas) / Raquel (Socreias)
COORDENAÇÃO DE MOVIMENTO E COREOGRAFIA Ruy Malheiro
COORDENAÇÃO CENOGRÁFICA Marta Fernandes da Silva
COORDENAÇÃO DE MONTAGEM Pompeu José
FIGURINOS José Rosa
IMAGEM E DESIGN GRÁFICO José Tavares
VÍDEO Zito Marques
FOTOGRAFIA Carlos Teles, Eduardo Araújo
MÚSICOS / CORO Alexandre Cardoso, Ana Bento, André Melo, André Rainho, Brian Carvalho, Carlos Peninha, Catarina Estrela, Cláudio Lima, Duarte Cardoso, Filipa Meneses, Fran Perez, Gustavo Figueiredo, José Rosa, Juca Monteiro, Maria Simões, Paulo Nuno, Ramon Bermejo, Ricardo Resende, Teresa Ferreira, Tiago Costa
PRODUÇÃO EXECUTIVA Carla Torres, Maria Simões, Marta Costa, Paula Coelho, Sara Seabra
PRODUÇÃO Trigo Limpo teatro ACERT
COORDENAÇÃO TÉCNICA Cajó, Luís Viegas, Paulo Neto
TÉCNICOS DE MONTAGEM Rui Coimbra, Rui Ribeiro, Sílvio Neves, Vítor Sousa
SOM Strong
PIROTÉCNIA Pirotécnia Dão Lafões
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